18 de dez. de 2018

A BORRA DE FERRUGEM NOS MOTORES VOLKSWAGEN

Olá pessoal. Estou a horas para postar sobre esse assunto e devido a inúmeras viagens de negócios, não foi possível. Mas hoje chegou o dia.
Então vamos falar sobre o problema daquela borra que parece uma ferrugem nos motores da Volkswagen.
Durante alguns dias seguidos do mês de agosto recebi alguns emails justamente perguntando-me sobre o assunto da borra.
Geralmente os motores Volkswagen, devido ao mal uso do veículo acaba aparecendo uma pasta amarelada nas mangueiras que levam o lubrificante ao motor. Se você tem um Volkswagen Gol, não pense que a culpa é toda sua ou que só você é que não sabe usar seu veículo. Isso acontece em qualquer lugar. Vou dar um exemplo. Há pouco mais de um ano, na cidade de Porto Alegre, foi me solicitado uma visita a uma empresa que alugava carros para dar uma solução a um problema já existente a algum tempo em alguns Volkswagen Gols. Era justamente a borra amarela que estava sempre fazendo alguns carros irem para a oficina. Quando cheguei na locadora de veículos, vi que os carros que estavam com problemas eram carros que estavam sendo alugados para empresas de vigilância.

Então perguntei que óleo eles estavam usando. Disseram-me que era um óleo com aprovação da Volkswagen, semi-sintético. Olhei os lubrificantes que a empresa estava usando e realmente tinha aprovação 502.00 e eram semi-sintéticos. Até aí tudo bem.
Então perguntei: - Qual era a média de velocidade que os carros andavam. Então o proprietário me respondeu. "Esses carros quase não andam, estão sempre devagar, uma média de 30 quilômetros por hora, no máximo 40". - Pronto. Era tudo o que eu queria saber. Então lhes disse que esse carro, mais do que qualquer outro precisa de velocidade, precisa que ande rápido e que faça trajetos longos para que o motor possa fazer o seu trabalho natural. O Volkswagen Gol, assim como diz a sua propagando, é um carro que deve ser usado "sem dó".



A rotação do motor deve estar de preferência sempre em alta.
É claro que um lubrificante com viscosidade mais baixa ajuda e muito. Nestes casos um 5W40 seria o ideal, mas mesmo assim teríamos problemas.
Não há mistério. É só seguir como manda o figurino. Não faça trajetos curtos demais deixando o Volkswagen Gol parado por muito tempo. Como qualquer veículo, ele precisa andar muito.
Posso falar por mim. Tive um Gol durante 3 anos de minha vida. Não tive problemas. Pelo contrário, o carro realmente é valente, econômico para a sua categoria. Independente de sua cilindrada. Faça andar sem pena.
Um dos leitores do SM chamado Emerson Gurgel enviou-me um email perguntando-me sobre esse assunto. Fomos trocando emails afim de resolver a questão do motor de seu Volkswagen Gol que era justamente essa. Ele é engenheiro e foi em busca de soluções, sem parar na minha resposta que lhe dei.
Ele deixou uma importante dica. Pedi a ele autorização para publicá-la e aí está.

"Hoje depois de agonizar e preocupar-me muito com essas gotículas de água na vareta de óleo, acho que matei a charada.
Bom, eu reparei que lá no meu trabalho chegou recente um gol G4 igual ao meu.
Perguntei ao motorista daquele carro se ele não reparava em nenhum desses itens.
Resolvemos ver a mangueira de borracha do respiro de óleo do carte, quando puxei.Tava lá a tal pasta cor de caramelo na vareta, realmente não vimos o filete branco e nem a presença de gotículas de água. Bem, foi-me sugerido passar na consecionaria, foi o que fiz.Falei com o papa em gol da oficina o Sr.Marcos, ele me fez o seguinte relato: que recebeu recente uma circular da VW, trata-se do nosso combustível que por lei deveriam colocar apenas 25% de álcool e eles colocam 50%, resultado. O álcool é hidratado e deixa uma pequena quantidade de água no óleo que espuma por reação, os vapores descem e ficam alojados na tal caixa do respiro lateral e carte, esta deve ser limpa ou trocada a cada troca de óleo. Na autorizada também vi muitos gols iguaizinhos ao meu com mesmo problema.Tirei muitas duvidas, dentre elas o novo óleo recomendado pela VW, é o Castrol Profissional 5W40 sintético e que deve ser trocado a cada 10.000Km ou seis meses.
Agora estou aliviado pois achei que era a junta do cabeçote e ai eu tava ferrado, mais como o mecânico mesmo me disse, seria improvável tal avaria pois não houve superaquecimento do motor, a luz teria acendido no painel e baixaria logo o nível de agua no reservatório, bem como, a própria água ficaria suja como óleo e vice-versa.
Bom, espero ajudar a todos os proprietários de gol, o que deveria ser feito pela própria VW que me mandou um email tipo corte e cola, dizendo para procurar a autorizada.
Tem muita gente fazendo cabeçote por ai porque não sabe disso.Eu já tava quase doido, pois ando direitinho com o meu e achava absurda a hipótese de ter queimado essa junta. Desejo sucesso e um forte abraço."

Obrigado meu amigo Emerson, também desejo muito sucesso a você e a todos os motoristas proprietários desse carro que é um grande sucesso.

5 de nov. de 2015

MANUAL DO PROPRIETÁRIO

Meus queridos amigos, leitores do Blog SM, primeiramente gostaria muito de agradecer os inúmeros comentários aqui deixados, em busca de informações a fim de sanar suas dúvidas a respeito de seus veículos e seus lubrificantes. 
Se eu pudesse, faria uma pesquisa para cada um de vocês a fim de ajudá-los a encontrar a melhor solução para seus motores. Porém eu gostaria muito que se pudessem, leiam o Manual do Proprietário de seus veículos. Ali vocês irão encontrar todas as informações necessárias. 
Entendam que muitas vezes, ao descrever o problema aqui no blog, eu teria que estar perto de seus motores ouvindo barulhos, visualizando se existe vazamento ou até mesmo perguntando pequenos detalhes para passar uma informação mais completa. 

Quanto a quilometragem do óleo: Não deixem de usar o lubrificante indicado porque a quilometragem está alta. Mantenham a mesma viscosidade indicada. Se houver vazamento nos anéis, procurem um bom mecânico, façam a retífica em seus motores. Alterar a viscosidade do lubrificante poderá alterar uma série de fatores que poderão trazer prejuízos aos bolsos dos proprietários dos veículos. Incluindo aumento de consumo de combustível. 

Muito obrigado e boa leitura! 
Sávio Machado


15 de nov. de 2011

PROCEDIMENTO PARA TROCA DE ÓLEO DO VW GOL

Devido a inúmeros comentários e mails que recebo, quando se trata do motor do Volkswagen Gol Nova Geração, hoje eu vou publicar algumas fotos que fiz para que vocês possam entender como se deve fazer para limpar aquela borra de ferrugem que tanto incomoda os proprietários desse veículo.

Ao efetuar a troca do óleo, você poderá pedir ao trocador, ou o mecânico que faz a manutenção do seu veículo, retirar a mangueira do respiro para fazer uma limpeza interna. Isso vai ajudar na durabilidade do lubrificante e também ajudar o motor.

Mangueira do respiro retirada. Por dentro ela fica recheada de borra.

O trocador ou o mecânico deverá usar um compressor de ar para limpar a mangueira, retirando a borra de dentro da mangueira. 

A borra fica  também por dentro das galerias. 

O lubrificante se mistura com água e se torna uma pasta de cor ferruginosa. 

Coloque a tampa do óleo no motor, retire a vareta que mede o nível do lubrificante e por ali use também o compressor de ar para retirar a borra que fica nas galerias do respiro. 

Retire a tampa do motor, onde fica o Filtro de Ar. 

Limpe também a galeria superior, que fica ao lado do Corpo de Borboleta. 

Use um pano seco para evitar que mais umidade permaneça no local. 

Use uma chave de venda e cubra a ponta om o pano para efetuar a limpeza da galeria superior. 

Veja como fica a galeria superior após a limpeza. 

Depois do serviço feito, é só colocar a mangueira no local e fechar a tampa do filtro de ar. 

Com o excesso de umidade do motor, lembre de verificar a vareta do óleo. As vezes ela se apresenta muito enferrujada, podendo quebrar-se ao longo do tempo. Esteja atento para esse detalhe. 


Fotos: Sávio Machado
Apoio do Gerente Gerson e trocador Juliano. 
Local: Posto Modelo em Pelotas no Rio Grande do Sul. 




8 de out. de 2011

O TRABALHO INVESTIGATIVO NA INDÚSTRIA

Foto: SávioMachado. Frigorífico
Nem sempre é fácil responder a uma pergunta, quando se trata de lubrificantes no setor industrial. 

O que parece simples e que pode estar na ponta da língua para o lubrificador da indústria, pode gerar uma dor de cabeça enorme, tanto para quem atende a área, até mesmo para a indústria que está sendo atendida pelo profissional. 

Um equipamento parado por falta de lubrificação pode gerar um prejuízo enorme. Por isso todo cuidado é pouco na hora de informar qual o lubrificante, graxa ou fluído adequado que deverá ser usado num equipamento. 

O trabalho deve ser investigativo, de forma que todos tenham certeza de tudo que está acontecendo e poderá acontecer no ponto de lubrificação. Desde agentes contaminantes, (pó, umidade, cinza, etc...), temperatura (ambiente, alta ou baixa), pressão, velocidade, etc... É um trabalho minucioso, que exige muita atenção e principalmente muita responsabilidade. Afinal o equipamento tem que funcionar em perfeita ordem, gerando lucro para a empresa. 


Foto: SávioMachado. Nória de frigorífico
Existe ainda o trabalho da confiabilidade. Isso vale para as boas marcas de companhias petrolíferas e também vale para quem fizer o atendimento industrial. 

Se existir uma boa marca, juntamente com um bom profissional na área da lubrificação o caso, inusitadamente, será de sucesso. 

As dicas aqui vale tanto para o setor industrial, quanto para o profissional na área de atendimento. 

Fotos: 
Marfrig - Rio Grande do Sul


1 de set. de 2011

KEN BLOCK FAZ HOMENAGEM AO CINEMA

Ken Block detonando tudo  pelas ruas da Universal Studio. 

O piloto do WRC Ken Block está de volta no Blog SM. Dessa vez com um vídeo bem mais trabalhado em parceria com a Universal Studio, com muitas manobras fantásticas, macacos e tubarão. Mas muito criativo! 
Apreciem essa fera dos rallys dando um show de pilotagem em seu Ford Fiesta! 




Fonte. Uhull S.A, Carro On line

9 de ago. de 2011

LICITAÇÕES PARA LUBRIFICANTES

Se você trabalha em algum órgão público, chegou a hora de fazer uma licitação para compra de lubrificantes. Xiiii... E agora??

Nas minhas andanças sempre acabo visitando algumas empresas do setor público. E muitas vezes na hora de conversar com o departamento de manutenção, o encarregado faz a pergunta: "Como eu monto uma licitação dificultando a entrada de lubrificantes de segunda linha, sem procedência no mercado?" 
Essa é uma questão muito interessante, pois os lubrificantes de fundo de quintal existem e estão participando ativamente no mercado. É claro que quando se trata de responsabilidade de dinheiro público, muitas empresas que vendem lubrificantes de má qualidade não estão nem aí para o que vai acontecer depois que fechou uma enorme venda. 

Mas então, como escapar desse tipo de lubrificante? Muitas vezes - isso vale para a maioria - os encarregados do departamento de compras dos órgãos públicos tem pouca informação sobre lubrificantes. Em um caso de uma licitação para motores a diesel de uma frota com caminhões Mercedes Benz, a licitação deverá conter as normas da montadora. Nesse caso MB 228.3 que é a homologação máxima dos lubrificantes aprovados pela montadora alemã. 

Na hora de montar uma licitação, lembre sempre de adicionar as informações do Manual do Proprietário de suas máquinas e seus veículos. 

Esse post vale para todos aqueles que tem um pouco de dificuldade na hora de montar uma licitação para aquisição de lubrificantes. Quero disponibilizar meu conhecimento a todos que precisam resolver questões como essa. 

Caso haja algum interesse, envie um email para saviomachado@gmail.com para maiores detalhes. 




Imagem: Abril.com